Há cerca de um mês, em uma manhã de sábado, estava próximo ao mercado municipal em função de um compromisso quando, atravessando muito apressadamente a Episcopal, reencontrei um amigo da época do Senai. Ele apenas gritou “OH DIEGUITO!” e deu altas gargalhadas escandalosas e infinitas; fiz a mesma coisa, hahaha, sem sequer trocar uma palavra com ele, pelo fato de que estávamos muito apressados. Mas deu tempo de darmos um forte abraço, pois trata-se de um verdadeiro irmão, de fato o primeiro amigo que fiz na cidade.
Isso valeu meu dia e reiluminou um pouco da história que tive aqui em São Carlos.
Este ano completou uma década desde que conheci a cidade e nove desde que passei a morar aqui de fato.
2010 e 2011 foram anos de relativa insegurança por ter sentido um pouco a falta de amigos e referências na vida profissional, mas de agosto de 2010 a dezembro de 2011 fiz três semestres de mecatrônica no Senai e trabalhei em duas empresas da área metalmecânica, Usiform e Megatech, nas quais fiz algumas amizades verdadeiras e duradouras. Fiquei de fato liberado do tratamento quimio e radioterápico em agosto de 2013 e voltei para ficar mais um tempo na Megatech, até maio de 2014, época que decidi dar outro direcionamento pessoal e profissional.
E o período de 2014 a 2018 resultou em: uma graduação completa, dois estágios (1° e 4° Distritos Policiais e PROEx – UFSCar) que foram inestimáveis oportunidades para meu crescimento pessoal e profissional; sobretudo, um TCC que trouxe uma experiência importante de autoconfiança na vida de estudos, que motivou em parte o começo do trabalho no Perspectivas Empreendedoras, além da fundamentação de um plano de negócio que contribuiu bastante para aprimorar a prática de organizar recursos materiais e humanos para compor, produzir e tocar música.
Nessas palavras residem o tesouro indestrutível que tenho acumulado na vida, que os fãs carentes de Varginha, e o fã—mor de Jundiaí, não foram capazes de roubar e destruir: amizades verdadeiras, conquistas profissionais e humanas, dignidade para falar, capacidade de viver às claras sem precisar ocultar fatos e se esconder dos outros. Também apareceram uns falsos amigos da época da graduação que me lisonjearam bastante com palavras por ter exposto o período de doença e de adversidade, para logo em seguida me rebaixar com fofoca de criança retardada que espera as ocasiões certas para caluniar e difamar, mas passei por cima desses dando as risadas infinitas do amigo-irmão mencionadas no início da postagem.
Hahaha
Otimismo e o maior grau de autoconfiança e autoestima para vida. Não de vez em quando, a cada novo dia, sempre.



